ATIVIDADE NA QUARENTENA

O que fazer com as crianças em dias de isolamento social?

Nossa quem já se pegou fazendo esta pergunta?

Acredito que todos.

Difícil pra todo mundo, infelizmente, ou graças à Deus, é comum à todos, aí fica mais fácil de entender o outro.

Hoje vou falar para os bem pequenos...

As crianças bem pequenas nao entendem porque de uma hora pra outra deixaram de passear, de ir ao parque, à praia, à casa dos avós, então o jeito é improvisar.

Não sei se você já ouviu falar em brinquedos desestruturados... ou brinquedos não estruturados... pois bem o brinquedo não estruturado é tudo aquilo que a criança vai usar a imaginação para brincar. Um potinho de danone pode virar um microfone, uma caixa de creme dental um carro, é assim que as crianças vão inventando seus brinquedos, e uma coisa eu posso te garantir, eles amam. Brinquedos não estruturados estimulam muito mais a inteligência da criança e são importantíssimos para o desenvolvimento dos pequenos.

Quando a criança estrutura seu próprio brinquedo ou brincadeira, permite que algumas funções cognitivas sejam estimuladas, pois para estruturar-se precisarão organizar, pensar, planejar, utilizarão o cognitivo e desenvolverão sua autonomia.

Mamães não percam tempo, guarde os potinhos de margarina, caixinhas, embalagens e deixem os pequenos criarem, e vá aos poucos trocando.

O brinquedo pronto também é importante desenvolve o lúdico, mas as vezes enjoam rápido, então que tal mesclar, brinquedo pronto e brinquedo não estruturado.

Depois me contem o que aconteceu.

Beijos e ótimas brincadeiras.

Cátia Barros

Tempos de quarentena

Desde março de 2020, vivemos um momento diferente. 

Os dias são dentro de casa, as tardes e as noites. As saídas, somente se for necessário. 

Estudo, trabalho e diversão tudo em um único lugar. Quem já ouviu isto antes em campanhas publicitárias? Pois é,  mas o lugar agora mudou de lado, tudo isso em um só lugar, virou a nossa casa. 

É em casa que a gente trabalha, estuda, brinca e se diverte. O cinema é dentro de casa, a academia, a danceteria e o restaurante, porque não?

Aqui em casa a gente se reinventa todos os dias, um café da manhã diferente, um almoço saudável e acima de tudo, longas rodas de conversa. Nas conversas a gente ri e até se chateia, mas sobretudo, aprende muito. Família é pra isso, voltou à ser. No mundo em que vivíamos mal tínhamos tempo para olhar um no olho do outro. Era um corre-corre danado. 

No ano passado foi assim...

Trabalhava o dia todo. De manhã e à tarde em locais diferentes. Saia de um passava em casa correndo, em alguns dias tomava um banho, trocava de roupa e ia para o outro, em outros dias era tão corrido que mal dava tempo de almoçar correndo e ir para o segundo trabalho, pra dizer a verdade nem sentia o sabor dos alimentos... será que tinha sabor?

As conversas com minha filha eram online, por vídeo e as vezes só áudio mesmo, chegava em casa cansada e muitas vezes trazia trabalho pra casa e ia dormir tarde debruçada em cima de livros. O marido também com uma jornada pra lá de corrida, aliás os três com uma bateria de atividades de 2a à domingo extremamente cheia, e não é que achávamos aquilo tudo normal. Correria sete dias por semana e ainda compras, jantares e tudo o que tinha direito. 

Hoje olho pra tudo isso e não acho tão normal assim...

Nosso ano novo (2020), começou diferente, eu tinha um sentimento de que não faria dupla jornada que seria mais leve e pensava se for pra ter dupla jornada que já comece em fevereiro, e não começou, então decidi que faria um trabalho em casa no período da tarde e que seria melhor... e após nossa viagem de carnaval vieram as estatísticas, as noticias e o mundo mudou. Hoje os três realizam atividades de forma remota. 

Devagar tudo já está se consolidando e o que era estranho agora é normal.